Se existe um café que honra o nome que carrega, é o Exótico da Bahia. Produzido em altitudes elevadas na Chapada Diamantina, ele entrega uma experiência sensorial marcante e, ao mesmo tempo, inesperada.
O protagonista dessa história é o Catuaí Vermelho 144, um híbrido entre Mundo Novo e Caturra, ideal para manejo eficiente e colheita seletiva. Na fazenda Moeté, da Família Menezes, ele ganha uma nova vida ao passar pelo método cereja descascado, revelando um perfil com notas de flores brancas, caldo de cana e azeitona. O resultado? Um café vibrante, complexo e cheio de personalidade.
Quem comanda esse projeto é Paulo Lemos Menezes, engenheiro mecânico com passagem internacional, que em 2019 decidiu transformar sua paixão por cafés especiais em realidade. Ao encontrar na Chapada as condições ideais de clima e altitude, ele apostou em inovação e cuidado com as pessoas: investiu em tecnologias como lavador e despolpador e priorizou o bem-estar da equipe.
E todo esse cuidado foi recompensado. O Exótico da Bahia conquistou o 10° lugar no Cup of Excellence 2024, na categoria Via Úmida, uma consagração para cafés que apostam em métodos como o cereja descascado e o lavado. Com 88 pontos na avaliação, esse lote ainda se destaca pelo frescor cítrico e por uma doçura que remete à cana-de-açúcar, expressando com clareza o terroir da região.
O Exótico da Bahia é mais do que uma bebida: é uma conversa intensa, no alto das montanhas da Chapada Diamantina. E, para quem aprecia cafés especiais com alma e história, ele é simplesmente imperdível.
